A Educação Física, enquanto profissão, tem sido ao longo do tempo associada à saúde, à qualidade de vida das pessoas. Nesta perspectiva, caberia ao profissional da Educação Física o papel de promotor da saúde. Em muitos congressos, periódicos, estudiosos tem-se manifestado favoráveis a esta ser uma das atribuições a ser assumida por nós profissionais da Educação Física.
Muito tem-se discutido a cerca de padronizar um entendimento sobre o termo qualidade de vida, e também determinar mais precisamente como alcançá-la em diferentes âmbitos da sociedade. Em um desses âmbitos se encontra a escola, perspectivando através do ensino (de suas disciplinas) argumentar significativamente o alcance de uma melhor relação do ser humano com o mundo. Dentro desta discussão, tem-se debatido a questão dos conteúdos e o papel da disciplina de Educaçã é muito subjetiva no sentido de que ela depende de como cada ser humano percebe o seu mundo (cotidiano), de como os fatores individuais são vivenciados por uma pessoa, comunidade e/ou país.
Em termos de nação, Novaes (1997) associa a dependência da qualidade de vida no Brasil à educação, pois acredita que ela ajuda a evitar doenças, sendo determinante do estilo de vida das pessoas, representando o melhor caminho para a ascensão social, através de novas oportunidades.
Observa-se a vinculação do termo qualidade de vida às expressões "saúde" e "estilo de vida". Neste sentido, tem-se procurado definir o que seja saúde. De acordo com Guedes & Guedes (Barros et al,1997), saúde é uma condição humana com dimensões física, social e psicológica, cada uma caracterizada por um "continuum" com pólos negativos e positivos. Nesta perspectiva, o termo saúde deixa de ser relacionado principalmente a ausência de doença, conceito este que era anteriormente adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em relação ao termo "estilo de vida" seu significado estaria voltado aos hábitos de vida que se fazem presentes no cotidiano de cada pessoa. Neste sentido, Nahas (1997) cita o estilo de vida como sendo um dos fatores modificáveis que podem alterar a qualidade de vida como as características alimentares, a forma como lidamos com o estresse e o nível de atividade física habitual.
Dentro desta perspectiva tem crescido a discussão em torno do papel que a Educação Física possa assumir no sentido de intervir na adoção de um estilo de vida fisicamente ativo. Andrews (1990) ao discutir os programas de Educação Física em escolas e a necessidade de educação para um estilo de vida ativo no século XXI aponta a necessidade de aumentar, nas aulas de Educação Física, o envolvimento de crianças e jovens em atividades físicas vigorosas e estabelece o aumento no número de aulas de Educação Física como meta a ser objetivada pelos profissionais dessa área. O que se pretende, segundo alguns autores, é resgatar no contexto educacional a prática da atividade física como meio de promoção de saúde.
Devide (1996) enfatiza a importância do trabalho comunitário na promoção da saúde, entendendo que tem que haver a desmedicalização, já que a saúde não é problema somente médico e sim de diversos campos do conhecimento, envolvendo diversos profissionais como médicos, enfermeiros, assistentes sociais, professores, sociólogos, psicólogos, nutricionistas, etc.
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