quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Atividade física é qualidade de vida
Exercitar-se com disciplina é a chave para garantir a saúde e o bem-estar
Nunca se falou tanto em qualidade de vida e saúde como nos últimos tempos. O que antes era apenas motivo de preocupação ou modismo, hoje tornou-se necessidade. Para nós, educadores, é nítido o aumento desta consciência. Já não era sem tempo. Pois, o homem atualmente é submetido a uma quantidade avassaladora de pressões e responsabilidades. Isso é apenas uma das conseqüências desse tempo de novas tecnologias e economia globalizada. A evolução permitiu o desenvolvimento, gerando no nosso cotidiano mais conforto e comodidades. A tecnologia facilita o dia-a-dia, mas também nos prende a afazeres que roubam o nosso tempo, diminuindo ou eliminando o lazer e a atividade física. Esta ausência de atividade física trouxe aumento do estresse e do sedentarismo, principais inimigos da vida saudável. Diante desse quadro crônico moderno, só nos resta trazer o homem de volta a sua origem, resgatando o movimento. Todas as descobertas da ciência e da fisiologia humana nos últimos anos levam a aquilo que eu já dizia na década de 60: “A máquina humana é a única que se aprimora com o uso e se atrofia com o desuso”.
O exercício físico é o principal mecanismo para melhorar a nossa saúde e qualidade de vida. Realizado de forma moderada e regular, é um santo remédio. Depende unicamente de nossa força de vontade e disciplina para que possamos restaurar este hábito em nossas vidas. O hábito se forma com a prática de exercícios até que o corpo passe a solicitar a mente, incorporando o movimento e substituindo o sedentarismo.
É lógico que no início é necessário se impor uma cobrança para realizar a atividade física pelo menos três vezes por semana. Ao acordar, o exercício físico tem um melhor efeito para o seu dia-a-dia. Faça caminhadas, corridas, ciclismo, natação, uma atividade aeróbica de longa duração e baixa intensidade. Evite treinar entre 12h e 14h.
Nesse horário, exercícios físicos sobrecarregam o coração. À medida que incorporamos novamente o exercício ao cotidiano, percebemos o quanto ele é importante para nossa energia e vitalidade. Devemos, porém, tomar cuidado com os extremos. Na pressa de resultados imediatos aumentamos muito rápido as sobrecargas de treinamento e sua intensidade, caindo nos excessos da malhação. O caminho do meio é sempre o mais saudável. Evita que nos tornemos vítimas dos padrões de beleza e dos objetivos meramente estéticos. Esses padrões transformam mulheres e homens normais em modelos anoréxicas e malhadores compulsivos. O ideal é esquecer esta loucura de querer ultrapassar limites. Não adianta chegar em dezembro e em um mês querer ficar em forma. É necessário trabalhar no inverno para se estar em forma no verão.
Não parar a atividade física quando estamos exagerando corresponde a não realizar o exercício físico quando não temos vontade. Ambos significam falta de disciplina mental. É necessário evitar esses extremos. Assim estaremos fortalecendo nosso corpo emocional. Tornamo-nos mais capazes de superar e enfrentar os obstáculos da vida. Resgatando essa nossa herança natural, estaremos não só conquistando uma qualidade de vida plena, como também dando um grande passo em direção ao nosso futuro com confiança e determinação.
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